domingo, 22 de fevereiro de 2009

JACQUES DORIOT



Jacques Doriot
26/9/1898 - 22/2/1945

Nascido em 1898, Jacques Doriot inicia a sua vida profissional como operário metalúrgico. Em 1917 é mobilizado para a frente e termina a I Guerra Mundial ostentando várias condecorações.
Depois da guerra junta-se ao Partido Comunista Francês e em 1923 chega a secretário geral das Juventudes Comunistas. Apesar de de ter diante de si uma carreira promissora, em 1936 Doriot rompe com o PCF e funda o Partido Popular Francês, que rapidamente evolui para o Fascismo.
Com o estalar da II Guerra, mais uma vez é mobilizado e volta a combater os alemães. Depois do armistício defende uma política de aproximação e de colaboração com o Reich e, aquando da invasão da União Soviética, junta-se à Legião de Voluntários Franceses, sendo condecorado com as cruzes de ferro de 1ª e 2ª classe.
Em 1944 regressa a França e, com o desembarque aliado na Normandia, depressa se vê obrigado a tomar o caminho do exílio para a Alemanha. Na cidade germânica de Sigmaringen funda o Comité de Libertação, mas não teria tempo para pôr os seus projectos políticos em prática, pois a 22 de Fevereiro de 1945 morre vítima de um ataque de um caça aliado.

BOLETIM EVOLIANO Nº5


Acabado de sair, o Boletim Evoliano nº5, como sempre uma publicação de grande qualidade.
Desta vez destaco a biografia de Marcos Ghio e o artigo "O exército e a obediência".
Embora seja possível descarregar o Boletim em PDF, quem quiser a edição em papel (de boa qualidade) pode contactar o sítio do costume.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

NÃO FUI EU QUE O DISSE...


"As pessoas moram em gaiolas para coelhos a preços exorbitantes. Já não se pode circular nas ruas. Quando penso em que é que Roma se tornou, fujo para longe. Os milhões que ganham os promotores.
Vindos dos quatro cantos do Mediterrâneo, ei-los que adquirem as melhores casas para delas se apoderarem.
Desprezam os nossos gostos e valores; o mau gosto torna-se sinónimo de requinte, o idiota passa por genial, cantores medíocres são vistos como estrelas. Já não há em Roma mais lugar para um bravo Romano. Na rua os estrangeiros agridem-nos. E, depois, ainda por cima são eles que te acusam e te levam a tribunal."

... mas sim Juvenal, um autor satírico da Roma do século I d.c.
E ainda existe gente que não acredita na visão cíclica da história...

UMA LIÇÃO DE REVISIONISMO HISTÓRICO


Nestes últimos dias este e-mail tem andado a circular por aí:

"Está em curso um Abaixo-assinado para reposição do nome da Ponte Salazar (actual ponte 25 de Abril).
Aproveito para informar que será prestada homenagem no dia 25 de Abril próximo, em Lisboa, ao Dr. António de Oliveira Salazar, pela passagem do 120º aniversário do seu nascimento (28 Abril 1889). Os interessados poderão proceder à inscrição até 31 de Março.
Pretende-se desta forma, continuar a honrar o nome de um homem cuja luta privilegiou a Nação e pela qual desenvolveu desde sempre uma doutrina social, e DEMOCRATA-cristã, desde os seus tempos do Centro Académico de Democracia Cristã."

Repararam na palavra que está em maiúsculas? Fui eu que a pus assim, para que todos a possam ver bem.
É certo que Salazar começou começou no CADC (Centro Académico de Democracia Cristã), mas é ainda mais certo que desde que ocupou a presidência do conselho, nunca se destacou pelo seu sentido democrático, nem (que eu tenha conhecimento) alguma vez desde essa altura se proclamou como democrata.
Lá no meu gueto sou conhecido por não ter grande admiração por Oliveira Salazar (ou não fosse eu NR), mas o ser democrata é, felizmente, uma acusação que eu não posso lançar ao antigo Presidente do Conselho.
Infelizmente agora parece ter-se tornado moda a "reinterpretação" do pensamento político de certas personalidades: o Ramiro Ledesma Ramos era um nacional-bolchevique, o António Sardinha não era racista, o Salazar era um democrata, etc, etc.
Um destes dias, um alarve qualquer vem a terreiro dizer que o Mussolini foi um anarquista até ao fim da sua vida, e que o tio Adolfo era anti-racista!

LEITURA RECOMENDADA


Desta feita recomendo vivamente a aquisição e leitura do livro "Salazar e Alfredo Pimenta - Correspondência (1931-1950)", editado pela Verbo.
A leitura da correspondência trocada entre estas duas personalidades, permite-nos esclarecer alguns aspectos da história de Portugal durante essa época e, para os menos conhecedores de Alfredo Pimenta, descobrir uma pessoa bastante lúcida e com uma extraordinária capacidade de análise.
De destacar, a sua apreciação de Marcello Caetano, que considerava fadado para ser o Kerensky da situação, o que efectivamente veio a acontecer; a consideração de que a vitória das democracias na II Guerra Mundial iria ser um desastre para Portugal, entre muitas outras considerações que se revelam ao leitor através de 19 anos de correspondência.