segunda-feira, 5 de maio de 2008
ACERCA DA POLÍCIA
Volta e meia no meu pequeno círculo de Camaradas (ou gueto, se preferirem...), vem à tona a questão da polícia. Normalmente estes "debates" acabam com os intervenientes a chamarem-se uns aos outros uma série de nomes (e ainda dizem que no nosso meio não existe liberdade de expressão...) que prefiro não reproduzir aqui, afinal esta é uma casa de respeito!
Entre aqueles que dizem que "os polícias são nossos amigos" e os que acham que "eles são só mercenários do sistema", eu acho que ocupo uma posição intermédia.
Como todos sabem, a função da polícia é, ou deveria ser, defender a sociedade dos criminosos que a ameaçam, no entanto, parece que as coisas não são assim tão simples.
O típico agente da autoridade é, para todos os efeitos, um funcionário público que veste uma farda, tem uma arma e que por vezes arrisca a vida no cumprimento da sua função. Importa aqui salientar a parte do "funcionário público", pois é, eles trabalham para o estado e portanto têm de cumprir as suas ordens. E que ordens é que recebem?
Como é óbvio, o regime que nos governa não se interessa pela sorte das vítimas dos crimes quotidianos, basta ver o código penal. Assaltantes, violadores, traficantes de droga, etc, não são uma ameaça à "sua" segurança, aqueles que nos governam vivem perfeitamente protegidos.
Mas se por acaso vocês forem contestatários do regime... bom, nesse caso, preparem-se para escutas telefónicas, buscas domiciliárias, interrogatórios, etc, etc.
Aqui é que chegamos ao busílis da questão: convençam-se de uma vez por todas que numa dessas situações nenhum desses agentes da autoridade é "nosso amigo", eles estão lá para fazer um trabalho, não esperem simpatias... ainda que no meio de tantos, alguns até simpatizem com a nossa Causa.
Num Estado Nacional-Revolucionário, os agentes da autoridade serão bem pagos, bem equipados e terão a autoridade necessária para cumprir a sua missão original que é a de defender os cidadãos honestos da ralé criminosa. Mas não se iludam, apesar disto muitos, mas mesmo muitos agentes da polícia odeiam-nos (cada vez existem mais masoquistas neste mundo), e desses não tenho pena nenhuma. O meu respeito vai para aqueles agentes honestos (que até existem) que movidos por sentimentos de civismo e patriotismo, arriscam as suas vidas na luta contra a criminalidade comum.