domingo, 6 de julho de 2008

ACTO PEDAGÓGICO


Muito me honrou o meu estimado colega do GLADIUS com uma crítica (construtiva) ao meu texto “O dualismo esquerda-direita e a sua superação pelo Nacionalismo Revolucionário”, dentro desse espírito construtivo e amigável quero então fazer alguns breves reparos e esclarecer algumas dúvidas do meu colega bloguista Caturo.
Começa ele por dizer que tenho um “estilo tão desabrido e ferrabrás”, fui então ao dicionário para ver o que estas palavras querem dizer, tendo utilizado o “Dicionário de Português”, edição de 1983 da Porto Editora. Fiquei então a saber que “desabrido” quer dizer: rude; áspero; violento; desagradável. Julgo que seja uma referência ao facto de eu empregar os termos: ralé, merda, vaca, etc, etc; realmente… em nada comparáveis com aqueles que o Caturo utiliza no seu blogue, tais como: “anormalecos mentecaptos” – 17/6, “bastardo é a merda como tu, seu filho duma freira que deu em puta com um padre” – 19/6 ou ainda “um merda dum cobarde rancoroso e impotente” – 19/6, estes sim, termos de uma erudição e elevação intelectuais dignos de aparecerem na revista francesa “Élements” (ironicamente um dos órgãos de expressão da Nova… Direita).
Quanto ao “ferrabrás”: valentão; bravateador; virei o meu blogue de alto a baixo e confesso que não encontrei nada que se enquadrasse nisto… de certeza que era o meu blogue que estavas a ver?
A seguir diz que eu tenho vergonha de ser de Direita, devo salientar que para se ter vergonha de algo é preciso sê-lo ou fazê-lo, como eu não sou de Direita nem nunca fui… certamente que o Caturo tem o dom de saber aquilo que eu sou melhor do que eu próprio.
Depois diz que o meu texto está feito de “lugar-comuns”, assim sendo para quê perder tempo com ele? Já começo a acreditar na semana de trabalho de 65 horas, há gente que tem demasiado tempo livre …
Agora vamos à parte ideológica. Pergunta ele “em que parte do planeta ou da História é que algum grupo, partido ou ideólogo de Direita mandou fazer a distinção entre os seres humanos «essencialmente pela sua condição socioeconómica»?” respondendo ele próprio logo a seguir: “Uma coisa é o que um grupo diz de si mesmo. Outra, aquilo que os seus oponentes lhe atribuem”. E tem toda a razão! Mas a melhor maneira de julgarmos alguém é pelas suas acções, que neste caso até coincidem com aquilo que os seus oponentes lhe atribuem. “nunca a Direita ideológica assume dividir as pessoas essencialmente pelo seu estatuto socioeconómico”, mas algum dia lá iria assumir isso? Era o que mais faltava! Só para terminar esta parte: o nosso primeiro-ministro mais o seu partido dizem que estão a governar bem, quase que são uns autênticos salvadores da Pátria, acreditas nisso? Neste caso como no da direita as suas acções coincidem com aquilo que os seus oponentes lhe atribuem.
Seguidamente o Caturo diz que eu e muitos Nacionalistas actuais apreciamos Julius Evola, sem lhe pormos defeito algum, por acaso até conheço uma parte da obra do Evola, devo dizer que aprecio imenso muitos dos seus escritos, mas daí a não lhe pôr defeito algum, aonde é que isso está exposto no meu blogue? De certeza que era o meu blogue que estavas a ver? Ou mais uma vez pretendes saber aquilo que eu sou melhor do que eu próprio?
Começo a ficar sem tempo e sem paciência para continuar com isto, por isso, quanto aos restantes dislates que o Caturo diz, faço minhas as palavras de D. Francisco Manoel de Melo: “vós os vede, vós os castigais”.
Não queria finalizar este texto sem uma consideração de índole pessoal: Acho que nunca tive o prazer de conhecer pessoalmente o Caturo, acho que nunca falamos nem por Internet, nunca fui um dos que o atacou nas caixas de comentários do GLADIUS (acreditem ou não), não sou islâmico nem nunca defendi o islamismo, nem sequer alguma vez ataquei o “Eretz Israel”. Assim sendo, não terás mais gente com que te preocupar? Digamos que é uma “escolha de prioridades”. Dito isto, o Caturo bem pode correr e saltar, que da minha parte não irei perder mais tempo.

P.S.- alguns dos meus Amigos e Camaradas avisaram-me de que pelo facto de eu honrar o meu crítico com uma resposta, estar a proceder a um acto de verdadeira caridade cristã, desejo sossegar desde já os espíritos mais temerosos: continuo o empedernido Pagão de sempre!