terça-feira, 28 de abril de 2009

HUMBERTO NUNO DE OLIVEIRA


Em conformidade com a entrada anterior e ciente que a luta eleitoral também é importante, o Caceteiro vem aqui manifestar publicamente o seu apoio à candidatura de Humberto Nuno de Oliveira, exemplo de Nacionalista Honesto e Íntegro, e apelar ao voto no PNR nas próximas eleições europeias de 7 de Junho.

MENTALIDADE E MÉTODOS DE LUTA

Uma das questões que por vezes se levantam na chamada "Área Nacional", é a do porquê de estarmos tão atrasados em relação aos movimentos congéneres europeus e ainda mais atrasados em relação à extrema-esquerda. A primeira das razões é a mentalidade prevalecente na "Área", a segunda são os métodos de luta utilizados (estes decorrentes da mentalidade reinante).
Pois bem, já repararam nesta obsessão que o nosso pessoal tem por partidos e pela política "mainstream"? Não que um (ou mais) partido não seja importante, mas é-o na medida em que permite participar em campanhas e aceder a tempos de antena, um partido é um meio, nunca um fim, desenganem-se todos aqueles que acreditam que vamos tomar o poder pela via eleitoral, os exemplos do Vlaams Blok (ilegalizado) ou do MSI (transformado em Aliança Nacional e que recentemente assumiu que é democrata e multiculturalista, deixando finalmente cair a máscara) são indicadores perfeitos do que irá acontecer se um partido dos "nossos" se esticar muito, enquanto esta mentalidade não mudar e não começarmos a investir noutros campos, bem podem tirar o cavalinho da chuva, pois não iremos a lado nenhum, embora, como já referi, um partido tenha um papel importante a desempenhar.
A segunda razão prende-se com os métodos de luta, como também já referi, decorrentes da mentalidade. Estando limitados apenas à acção eleitoral de rua, colando cartazes e autocolantes, distribuindo panfletos, etc... (este vosso humilde escriba é um veterano dessas acções, pelas minhas mãos passaram milhares de cartazes, autocolantes e panfletos das mais diversas organizações da "Área"), perdemos a capacidade de intervir cívica e culturalmente. Senão vejamos, podemos odiar a extrema-esquerda, as suas ideias, mas os seus métodos de luta são extremamente eficazes: ontem um concerto, hoje uma conferência de imprensa de uma qualquer plataforma anti-isto ou pró-aquilo, amanhã a apresentação de um livro de culinária anarquista, etc, etc... Resultado: o BE tem conseguido capitalizar o descontentamento gerado pela inépcia do regime.
Durante as décadas de 40, 50 e 60, em pleno Estado Novo portanto, a esquerda pacientemente infiltrou o aparelho cultural da sociedade portuguesa, o resultado foi o que se viu: 200 magalas em cima de montes de sucata fizeram cair o Império sem que se esboçasse resistência. Porquê? Porque contaminada a mentalidade do povo, tal como uma maçã podre, a queda era uma questão de tempo.
Então, e citando Lenine, que fazer? Precisamente imitar os métodos de luta da extrema-esquerda, levando o combate ao campo cultural, apresentando livros, constituindo plataformas ou comités para este ou aquele objectivo localizado, participando nas lutas locais da população por melhorias nas infraestruturas, etc, etc... as possibilidades são infinitas, e um dos melhores exemplos vem da Casa Pound em Itália. Lembram-se do caso do aborto? O primeiro referendo recusou a liberalização, então a esquerda com a paciência que lhe é característica, o que fez? Com a cumplicidade da comunicação social (outro bom exemplo da sua infiltração), apresentou as mulheres que matavam os seus próprios filhos, como mártires da sociedade, fez campanha atrás de campanha, pressionou, exigiu, e passados alguns anos, conseguiu um novo referendo em que finalmente o assassinato de crianças inocentes foi legalizado (o patronato agradece, não tem de pagar salários maiores para as pessoas poderem sustentar os filhos). Querem melhor exemplo? Eles precisaram de ganhar alguma eleição? Não, apenas trabalharam para impor as suas ideias na sociedade.
De certa forma isto faz lembrar a história da cigarra e da formiga: a esquerda trabalha pacientemente, incansavelmente (neste sentido, e apenas neste, podem reclamar-se da classe trabalhadora) e neste inverno que agora atravessamos estão quentinhos na sua toca a gozar os frutos do seu trabalho. Quanto a "nós", tal como a cigarra, passamos o verão a tocar violino (leia-se: campanhas eleitorais e umas manifs no 10 de Junho ou no 1 de Dezembro), e esquecemo-nos do trabalho básico, espera-nos um inverno muito difícil.
Que estas linhas, apesar de inevitavelmente irem cair em saco roto, sirvam para indicar a luz ao fundo do túnel.

PRESENTES!



Benito Mussolini 29/7/1883 - 28/4/1945


Alessandro Pavolini 27/9/1903 - 28/4/1945

BOIA CHI MOLLA!

A OUVIR NESTE MOMENTO


Nous maintenons notre histoire

Comme des mots de misère sur des pierres de souvenirs

Nous rappelons nos pères par des prières et crimes

Comme l'illusion du temps sur le corps d'un soldat
Nous oublions nos morts et maintenons le débat
Comme des enfants colères nous dessinons nos peines
A la lueur des flammes et leur silhouette de guerre
A la lumière des mots exorcisant la haine
Nous jouons notre rêve en refusant la paix
A la force de nos mots nous soulevons la stupeur
Nos pleurons des désastres à la force de nos râles

Par ces fusils de sang à l'histoire d'une puissance
Nous maculons nos règnes par des cendres de chair

Do álbum Le Feu Sacré do projecto francês martial/industrial Dernière Volonté.

domingo, 26 de abril de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

O ESTADO NOVO E O 25 DE ABRIL VISTOS POR UM NACIONAL-REVOLUCIONÁRIO, BREVES APONTAMENTOS


Acerca do Estado Novo não existe qualquer discussão, enquanto NR, defendo aquilo que tinha de bom: era antimarxista, antiliberal e antidemocrático, o que já não é pouco. Quanto ao confessionalismo, o "viver habitualmente", a imposição de limites à acção do Estado... aí é que a porca torce o rabo.
Acerca do 25 de Abril, e esta é para certas pessoas da chamada "Área Nacional": a "democracia" e a "moderação" que alguns defendem ultimamente, foi o que permitiu a corrupção, o desemprego, o aborto, etc, etc... a democracia não tem falhas, a democracia É a falha!
Acerca da questão de "diziam que «ELES» eram portugueses!", devo salientar que antigamente «ELES» eram portugueses LÁ, e agora, infelizmente, «ELES» são portugueses CÁ, não é preciso ser-se demasiado inteligente para perceber as consequências disto.

QUANDO OS CRAVOS MURCHAM


"Na manhã de 25 de Abril de 1974 um amigo do professor Bissaia Barreto telefonou-lhe: rebentara uma revolução, que já se declarava triunfante. O velho mestre de Coimbra, que fora dentro do Estado Novo o cabecilha da corrente democrática, teve apenas este comentário: - «Olhe, meu amigo, rebentou um cano de esgoto.»"

Barradas de Oliveira, Quando os Cravos Murcham, pág. 9

segunda-feira, 20 de abril de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO!


Hoje o tio de Braunau faz 120 anos! Parabéns!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

NORTE


Já está à venda o "Norte" de Céline, o segundo volume da "trilogia alemã".
Com a publicação dos títulos: "Viagem ao Fim da Noite", o mal intitulado "Castelos Perigosos" e a prometida publicação do "Rigondon", ainda não perdi a esperança de que a Ulisseia traduza e publique o "Bagatelles Pour un Massacre" e "L'École des Cadavres".

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MAIS VALIA ESTAR CALADA...


Apareceu no jornal Público de hoje um interessantíssimo artigo de opinião da Exma. Sra. Esther Mucznik, um das mais prestigiadas vozes da Comunidade Israelita em Portugal, à qual eu rendo a minha singela homenagem, sempre atento, venerador e obrigado.
Tendo como título "Abrir a porta à Sublime Porta", a Exma. Sra. Mucznik trata então de defender a entrada da Turquia na União Europeia. Perante o terrível espectro do terrorismo e quejandos, diz a Senhora: "estes sinais preocupantes deveriam funcionar não como um argumento para a não-integração europeia, mas precisamente como um alerta para acelerar o processo".
Não sendo eu (um horrível chauvinista que se preocupa apenas com Portugal) particularmente versado nas artes e mistérios da geopolítica, gostaria de saber em que é que interessa ao "Eretz Israel" a entrada da Turquia na UE, e o que tem a haver com a política interna da Europa, principalmente sabendo que Israel é um país particularmente avesso a ingerências de terceiros na sua política, estamos a preparar também uma possível adesão?
À atenção dos nossos comentadores especializados nas questões do médio oriente.

AGRADECIMENTO


Ao "D", em penhor da sua AMIZADE e CAMARADAGEM e em agradecimento pela oferta.

domingo, 5 de abril de 2009

MESTRE...


"Tens o golpe de vista bem fundo para veres que na política por via da regra a mediocridade é que triunfa. Os que podem projectar sombra, esses arredam-se, votam-se ao ostracismo. Mas a vitória consegue-se com abdicação de todo o escrúpulo, com sacrifício das ambições mais puras."

António Sardinha, Correspondência de António Sardinha, pág. 491

sexta-feira, 3 de abril de 2009

LEITURA RECOMENDADA


Desta vez, recomendo a correspondência que António Sardinha dirigiu a Ana Júlia, sua futura esposa, entre 1910 e 1912. Ao longo das cartas, para além da normal "conversa de namorados", António Sardinha não coíbe de fazer desabafos de índole política, sendo patente o seu progressivo desencanto, tanto com a república como com a democracia.
Um livro a não perder!